Thursday, September 22, 2011

FAQ - Spinnerette

(Fazermagazine.com, junho de 2009)

Por que o álbum foi adiado algumas vezes? Isso ocorreu porque você não estava pronta para lançá-lo?

Não, isso foi uma bagunça mesmo. Com questões do selo, questões de distribuição e formas como o álbum poderia chegar ao mundo inteiro.

O álbum Spinnerette é homônimo. Há alguma razão para você não ter dado um nome específico a ele?

Eu não sei. Eu acho que quando você apresenta o seu primeiro disco, deve conter somente o nome da banda. Lançar com um outro título, a não ser que você seja muito cool, não parece funcionar muito bem.

De onde o nome da banda surgiu?

O nome veio da anatomia das aranhas.

(About.com, maio de 2009)

Com a Spinnerette, nós estamos ouvindo um som drasticamente diferente. O que motivou essa mudança?

Isso não foi nem um pouco intencional. Só surgiu. Eu acho que o som é um mix de Alain e eu, com uma pitada de Tony.
Minhas músicas são bem simples. Al tocando, dá mais maturidade e brilho que, caso contrário, não estaria lá. Tony entra com seu jeito temperamental de tocar, tipo um relâmpago, com revestimento triste e bonito, um fabricante de ruído em geral.

Nas gravações da Spinnerette, você compilou um line-up bem sólido, incluindo Jack Irons. Como foi que se formou o line-up (das gravações)?

Bem, originalmente, era Jon Theodore que ia tocar a bateria, mas ele rompeu o seu manguito rotador (nota: que é o principal grupo muscular responsável pela movimentação do ombro) dias antes, então Al disse "vamos chamar o Jack para tocar!" e foi isso.
Tudo acontece por uma razão. Isso quer dizer que Jack era o predestinado a tocar bateria na banda.

Quando você fizer a turnê do álbum, você terá um line-up diferente. Por que isso?

Alain ganha a vida trabalhando como engenheiro de som e produtor, o Jack tem a família dele e não quer sair muito para fazer turnê durante esses dias, embora tenha manifestado interesse em fazê-la. Então, talvez a gente faça alguns raros shows com a formação que gravou o disco.

(Blogcritcs.org, maio de 2009)

Com o Distillers, você estava sempre cantando e tocando guitarra, simultaneamente. Por que isso não acontece na Spinnerette?

É, eu me sinto um pouco nua sem ela, mas eu não quero tocar tanto quanto eu tocava antes, não tenho muito tempo livre para aprender e não sei muitas técnicas, então eu não quero estragar tudo tocando de um jeito desleixado. Eu acho que se você for me ver e eu estiver tocando mais ao vivo, isso quer dizer que eu andei praticando, e se eu estiver cantando mais, quer dizer que tenho tomado mais banhos. Entretanto, eu quero tocar. Com os Distillers eu tocava e cantava a todo tempo.

(L.A Weekly, novembro de 2008)

Como é que o álbum completo da Spinnerette surgiu para você?

Bem, eu escrevi a maioria das músicas no baixo. Eu estava procurando fazer uma demo sozinha e fazer com que a música saísse do meu cérebro e fosse para os meus ouvidos ou para os de alguém. Alain Johannes disse que ele gostaria de gravar algumas das minhas demos para mim e, então, nós começamos a gravá-las e isso foi como se fosse coisa do destino. Ele começou tocando as guias para as minhas coisas e foi tão mágico, que meio que aconteceu por acidente. Foi mais ou menos como aconteceu. A nossa gravadora até então, a Sire, ficou tipo "o que está acontecendo? Nós precisamos ouvir algumas demos, tipo, pra ontem!" e eu disse, "bem, vocês podem vir e escutá-las" e depois eu descobri que eles estavam indo para me derrubar. A Sire conseguiu derrubar 15 bandas naquele dia e eles vinham ouvir minhas demos e falavam coisas do tipo, "bem, só continue fazendo o que você está fazendo." Eles não tinham muito envolvimento com o processo de gravação, tirando um cara da A&R, que vinha e cantarolava alguma harmonia para o meu produtor, inclusive, era ridículo de mais ter um supervisor da gravadora tentando se envolver com o aspecto musical de alguma coisa. Tipo, vai se fuder pra lá, sabe?

(NY Press, junho de 2009)

Como que Spinnerette se difere do Distillers?

Eu acho que é mais musical, com tonalidade definida - eu acho que, às vezes, é mais pesado.

Você acha que Spinnerette vai atrair o mesmo público do Distillers?

Não, provavelmente não. Alguns levaram o projeto numa boa, outros gostaram porque são mais velhos. Você sabe, eles têm 5 ou 6 anos a mais, desde quando Coral Fang saiu. Então, eles parecem ter um gosto um pouco mais eclético. Mas alguns outros... é uma reação muito forte, eles nem amam e nem odeiam.

Eu li que você não considera Spinnerette como uma banda, é você e outros diversos músicos... Você acha que será a única constante no line-up, uma vez que ele mudar?

Não, quando eu disse isso, eu queria falar sobre a banda de turnê, não a de gravação. Há 2 bandas: a de gravação, que é composta por mim, Alain Johannes e Tony [Bevilacqua] e aí tem a banda para shows, que é cheia de músicos que são fantásticos e que eu adoro, atualmente. Está tudo indo tão bem, não há necessidade de mudar nada.

O que eu quis dizer com isso foi que, com o Distillers, havia tantas encarnações, tantos corações partidos e eu não quero passar por isso novamente. Eu prefiro manter essa linha mais leve para que as pessoas entendam que não podem ir e vir como quiserem e, se isso não estiver funcionando para mim com outra certa pessoa, então... eu tento não levar isso muito a sério porque é tão bobo. Eu acho que só estou protegendo a mim mesma e também protegendo os meus parceiros de banda.

(Rolling Stone, março de 2009)

Como que a sua nova banda surgiu?

Surgiu conforme fomos nos juntando. Eu fiquei grávida em maio de 2005. Essa gravidez não foi planejada, mas foi totalmente o que nós dois queríamos, então ela fez tudo parar por um tempinho. Eu tive um bom tempo para pensar sobre o que gostaria de fazer. Quando eu estava grávida, eu me senti muito longe de ser uma musicista. A guitarra poderia ter sido uma luz na medida em que eu estava preocupada.

(Alternative Press, dezembro de 2008)

Qual foi a causa que levou você a romper o contrato com a Sire Records, da Warner Bros.?

Era um relacionamento que não estava dando certo para ambas as partes. Foi angustiante no momento, mas quando eu olho para trás, agora penso que não foi tão ruim quando eu pensava que fosse. É só que os seres humanos precisam fundamentalmente de segurança. Nós também precisamos ser capazes de ver o caminho claro para onde estamos indo. Às vezes uma pedra gigante aparece no meio dele e você leva um mês para descobrir como faz para subí-la; ultrapassá-la, e foi isso. Foi um relacionamento extinto.
Eu acho que esses selos, essas gravadores maiores, estão tentando descobrir como vão fazer para salvar as suas peles. E os artistas estão tentando achar um meio de lançar a sua música, sem ter que assinar a sua vida - o que é insano.
Então, apenas não estava dando mais certo. E eles me deixaram sair com o meu CD e sou muito grata por isso, porque eles poderiam ter me fodido totalmente.
Eu tive um relacionamento muito cordial e que acabou bem.

Quais foram os desentendimentos específicos que você consegue lembrar?

Eu acho que a citação foi “Spinnerette não é um bom desvio do Distillers”... o que é, na minha opinião, ridículo. [risos]

(Faster Louder, março de 2010)

Você enxerga a Spinnerette como um projeto solo?

Eu não tenho certeza disso. Se fosse um projeto solo, eu acho que eu estaria fazendo mais, como tocar todos os instrumentos, bateria e baixo, e fazendo um monte de outras coisas.

(FMQB, janeiro de 2009)

Explique a diferença entre estar na Spinnerette e estar no Distillers. Obviamente, não é uma banda estritamente de punk rock, mas há bastante punk rock na Spinnerette.

A diferença é gigantesca. Eu nunca antes havia tido um “parceiro musical”. Eu sempre trazia as minhas músicas, os caras ouviam/pegavam e apenas íamos trabalhando até termos o som desejado. E eu, de alguma forma, sempre quis ter alguém para me ajudar a compor, que eu pudesse compartilhar ideias. Então, isso acidentalmente aconteceu comigo e Al. Eu fiquei tão feliz, porque há bastante diferença entre nós. Há duas bandas para Spinnerette: uma de gravação e outra para turnê, isso é, obviamente, diferente.
Elas são substituíveis: a pessoa que está tocando ao vivo, pode vir a tocar em estúdio e vice-versa. Então, é algo bem liberal. Mais como um acampamento de ciganos, onde todos podem experimentar ou ter um momento agradável. É um tipo de ambiente bem relaxante. Não há nenhuma regra ou restrição. É algo mais casual.
Eu senti que The Distillers era uma banda bastante séria. Nós tínhamos um regime e ele entraria em vigor neste momento de fazer um álbum. Eu meio que me libertei disso. Porque agora eu tenho uma família e isso dificulta fazer as coisas do jeito que estava acostumada. Além disso, há um clima diferente para a música e eu acho que não poderia fazê-lo como eu fiz antes.

(The Graveyard Girls, 2007)

Quais são algumas diferenças musicais entre The Distillers e Spinnerette?

Pense em todas as diferenças entre uma menina e uma mulher - Spinnerette é uma mulher crescida, inteligente, bonita e teimosa. Ela é refinada sem se preocupar. Mas ela ainda vai acabar com você e ficar bêbada em frente à sua mãe, ah, e ela ama trocadilhos.